Somos Carbono

Mas primeiramente, pensantes.

O mercado voluntário de carbono no Brasil

No último dia 8 de abril, foi realizado o primeiro leilão de VCU ( Voluntary Carbon Units ) no Brasil.

A primeira notícia era boa, seriamos os primeiros, teríamos a oportunidade de traçar um perfil do comprador e conforme fosse, talvez até estabelecer alguns princípios para alguma legislação em cima deste tema.

A notícia que seguiu a expectativa veio com o balde de água fria. Nenhum lote foi arrematado.

As negociações fracassaram devido à falta de LEGISLAÇÃO que permeia todos os níveis de negociação de carbono no Brasil.

Os 3 lotes de 60 mil toneladas ofertados foram apreciados pelo profundo silêncio dos “compradores”.

Ou seja, para quem compra é uma bela de uma resposta à atitude do “governo”. O silêncio de quem não está satisfeito com o rumo que a coisa está tomando.

A única iniciativa que vi até agora partiu novamente do mercado privado, numa iniciativa do ITAÚ com a CVM ( Comissão de Valores Mobiliários ) que deram o pontapé inicial num fundo de investimentos com base em carbono.

Vale lembrar que nesse fundo o capital foi protegido e não há menção de derivativos em nenhuma hipótese contratual.

Porém, com o Oba Oba da Green Economy, Green Governance tomando momento, é de suprema emergência que alguma alma de boa vontade política, com alguma visão de gestão de mercado tome a frente nesse caso, pois estamos falando da possibilidade de criação de um nicho de mercado, novo, nacional, com capital nacional, protegido pelos valores da CVM e com uma iniciativa bem sucedida no país.

Caríssimos senhores, donos da maior parte da inércia do fluxo de capital desse país continente, façamos alguma coisa funcionar…

O Leilão fracassou, e daí? E daí que o perfil do seu comprador está traçado! É um mercado emergente, mas, que sem as margens traçadas pelo bom senso e pela austeridade financeira que vai garantir o retorno ao investidor e não a um possível aventureiro com mais poder de alavancagem, fica impossível garantir aos que detém o poder de fixar esse capital no Brasil uma competitividade que vai além do mero poder de mitigar emissões de uma fábrica de sapatos no interior do estado de São Paulo.

Quem compra carbono, diz sim ou não às políticas que regem essa mistura de política, mercado e marketing.

O “Não, obrigado!” do último dia 8 serve de alerta aos senhores da CETESB, FIESP, CIESP, Sec. Meio Ambiente, Sec. de Comercio e Industria não só de Sampa, mas também aos demais interessados em adquirir inércia política nesse ano que culminará com eleições presidenciais.

Orelhas em pé, caríssimos! o ano está começando!!

12 de abril de 2010 Posted by | Pensamento, Carbono, Meio Ambiente, Copenhaggen, IPCC, MDL, Ambiental, Uncategorized | , , , , , , , , , , | 1 Comentário

A Falência dos Estados Unidos

Tradução que fiz de artigo encontrado em:

http://www.silverbearcafe.com/private/02.10/bankrupt.html

A Falência dos Estados Unidos é agora certa
Porter Stansberry

É um daqueles números que é tão inacreditável que você realmente tem que pensar nisso por um tempo …

Dentro dos próximos 12 meses, o Tesouro dos E.U. terá de refinanciar $ 2 trilhões em dívida de curto prazo. E isso sem contar as despesas adicionais do déficit, que é estimada em cerca de US $ 1,5 trilhão. Coloque os dois números juntos. Então pergunte a si mesmo, como no mundo pode se tomar emprestado do Tesouro 3,5 trilhões de dólares em apenas um ano?

Isso é um montante equivalente a quase 30% do PIB americano inteiro. E nós somos a maior economia do mundo. Onde vai o dinheiro?

Como é que vamos acabar com tanta dívida de curto prazo? Como a maioria das entidades que têm uma dívida muito grande – se os devedores do subprime, GM, Fannie, ou GE – O Tesouro E.U. tentou minimizar sua carga de juros em empréstimos para curtos períodos de tempo e então “rolar” os empréstimos quando eles vencem.Como dizem em Wall Street, “uma dívida rolando não pega musgo.” O que eles querem dizer é, contanto que você possa estender a dívida, você não tem nenhum problema. Infelizmente, é o que leva pessoas a tomar em quantidades cada vez maiores da dívida … sempre em períodos mais curtos … em vez menores taxas de juros. Mais cedo ou mais tarde, os credores acordam e se perguntam: Quais são as chances que eu nunca vá realmente ser restituído? E é aí que começa o problema. As taxas de juros sobem drasticamente. Custos de financiamento sobem. A festa acabou. Falência é a próxima.

Quando os governos vão à falência é chamado de “Inadimplente”. Especuladores de moeda corrente descobriram como prever exatamente quando um país seria inadimplente. Dois economistas conhecidos – Alan Greenspan e Pablo Guidotti – publicaram a fórmula secreta em um trabalho acadêmico de 1999. É por isso que a fórmula é chamada regra Guidotti-Greenspan. A regra estabelece: Para evitar uma  inadimplência, os países devem manter reservas em divisas pelo menos iguais a 100% dos seus vencimentos a curto prazo da dívida externa. A empresa mundial de gestão financeira, PIMCO, explica a regra da seguinte forma: “O valor de referência mínimo de reserva equivalente a pelo menos 100% da dívida externa de curto prazo é conhecida como regra Guidotti-Greenspan. Guidotti-Greenspan é talvez o único conceito de adequação de reserva que tem a maioria dos adeptos e suporte empírico.

O princípio subjacente a esta regra é simples. Se você não consegue saldar todas as suas dívidas externas nos próximos 12 meses, você é um risco de crédito terrível. Os especuladores estão indo para segmentar os seus títulos e sua moeda, o que torna impossível para refinanciar suas dívidas. A Inadimplência é garantida.

Então, como anda o posto da américa na escala Greenspan-Guidotti? É uma inadimplência garantido. Os E.U. detém ouro, petróleo e moeda estrangeira na reserva. Os E.U. tem 8.133,5 toneladas de ouro (é o maior detentor do mundo). São16.267.000 libras. Em valores correntes em dólares, vale cerca de US $ 300 bilhões. A reserva estratégica de petróleo mostra uma posição de total atual de 725 milhões de barris. Com o preço atual em dólares, é aproximadamente 58 bilhões de dólares no valor do petróleo. E de acordo com o FMI, os E.U. tem US $ 136 bilhões em reservas de moeda estrangeira. Então, somando tudo dá cerca de US$ 500 bilhões de reservas. Nossa dívida de curto prazo estrangeiros são muito maiores.

De acordo com o Tesouro dos E.U., existem US$ 2 trilhões em dívida com vencimento nos próximos 12 meses.Então, olhando apenas a dívida de curto prazo, sabemos que o Tesouro terá de financiar pelo menos US $ 2 trilhões em dívida com vencimento nos próximos 12 meses. Isso não poderia causar uma crise se ainda estivéssemos financiamento nossa dívida pública interna. Mas, desde 1985, temos sido um devedor para o mundo. Hoje, estrangeiros são donos de 44% de todas as nossas dívidas, o que significa que devemos credores estrangeiros, pelo menos, 880 bilhões de dólares nos próximos 12 meses – uma quantidade muito maior que nossas reservas.

Tenha em mente, isto só cobre as nossas dívidas existentes. O Escritório de Administração e Orçamento está prevendo um déficit orçamentário de US $ 1,5 trilhões durante o próximo ano. Isso coloca as nossas necessidades de financiamento total da ordem de US $ 3,5 trilhão nos próximos 12 meses.

Então … onde vai o dinheiro? Total de poupança doméstica em os E.U. são apenas cerca de 600 bilhões anualmente. Mesmo se todos nós colocássemos cada centavo das nossas economias em dívida do Tesouro americano, ainda estaríamos devendo $ 3 trilhões. Isso é um requisito de financiamento anual equivalente a cerca de 40% do PIB. De onde vai vir esse dinheiro? De nossos credores estrangeiros? Não de acordo com Guidotti-Greenspan. E não de acordo com o banco central russo ou indiano, que pararam de comprar títulos do Tesouro e começaram a comprar grandes quantidades de ouro. Os indianos compraram 200 toneladas neste mês. Fontes dizem que na Rússia, o Banco Central vai dobrar suas reservas de ouro.

Então, de onde vem o dinheiro? Das impressoras. O Federal Reserve já monetariza quase US $ 2 trilhões em dívida do Tesouro e dívida hipotecária. Isto enfraquece o valor do dólar e desvaloriza os nossos laços existentes no Tesouro. Mais cedo ou mais tarde, os nossos credores terão de enfrentar uma escolha difícil: manter os nossos laços e continuar a ver o valor diminuir lentamente, ou tentar escapar ao ouro e ver o valor de suas ligações com os E.U. despencar.

Uma coisa que eles não vão fazer é comprar mais da nossa dívida. Quais bancos centrais vão abandonar o dólar num futuro próximo? Brasil, Coréia e Chile. Estes são os três maiores bancos centrais que possuem a menor quantidade de ouro. Nenhum deles chega a ter 1% do total de suas reservas em ouro.

Eu examinei essas questões com muito mais detalhes na edição mais recente do meu boletim, Porter Stansberry’s Investment Advisory, publicado sexta-feira passada. Coincidentemente, o New York Times repetiu nossos avisos – quase palavra por palavra – no seu jornal hoje. (Eles não mencionaram Guidotti-Greenspan, entretanto … É um verdadeiro segredo dos especuladores internacionais.)


5 de fevereiro de 2010 Posted by | Pensamento, Carbono, Meio Ambiente, Copenhaggen, IPCC, MDL, Ambiental, Uncategorized | , , , , , , , , , , , , | Deixe um comentário

INTERPOL – A Polícia da ONU

Olá, caríssimos!

Com o ano já iniciado, pelo menos na contagem dos meses, resolvi postar um post mais lento, mas não menos interessante.

Numa das partes do acordo de Copenhagen, que não foi aprovado, é muito enfatizado a capacidade de uso de “Law Enforcement”, ou seja, polícia, exército, forças táticas e congêneres pra que as leis e cláusulas do tratado sejam cumpridas.

Uma vez me peguei pensando… “poxa, mas esses caras querem muito… não dá pra ter esse tipo de reforço…”. Claro, não fui criativo o suficiente.

Abaixo, o título da manchete:

Membros da Interpol se reúnem em Manaus para discutir crimes ambientais

Pegaram?!?!

Os caras leram 1984 de cabo a rabo… e tomaram como manual mesmo!!!

Pra ficar mais surpreso ainda, Barry Soetoro, ou Barack Hussein Obama II, assinou uma ordem executiva ao qual ele atribui à INTERPOL o direito de ser inviolável e de não estar sujeita às mesmas leis, ou constituição, que os EUA. Ou seja, a lei não se aplica à INTERPOL ou qualquer coisa que ela botar a mão, (pelo menos no território americano, por enquanto).

Executive Order — Amending Executive Order 12425

EXECUTIVE ORDER
– – – – – – –
AMENDING EXECUTIVE ORDER 12425 DESIGNATING INTERPOL
AS A PUBLIC INTERNATIONAL ORGANIZATION ENTITLED TO
ENJOY CERTAIN PRIVILEGES, EXEMPTIONS, AND IMMUNITIES

By the authority vested in me as President by the Constitution and the laws of the United States of America, including section 1 of the International Organizations Immunities Act (22 U.S.C. 288), and in order to extend the appropriate privileges, exemptions, and immunities to the International Criminal Police Organization (INTERPOL), it is hereby ordered that Executive Order 12425 of June 16, 1983, as amended, is further amended by deleting from the first sentence the words “except those provided by Section 2(c), Section 3, Section 4, Section 5, and Section 6 of that Act” and the semicolon that immediately precedes them.

BARACK OBAMA

THE WHITE HOUSE,
December 16, 2009.

Aqui no Brasil, o que achei foi essa notinha aqui da Agencia Brasil:

Buscar soluções para os crimes ambientais praticados principalmente na Amazônia, esse é o objetivo da primeira reunião da INTERPOL na América latina. Entre as soluções apresentadas estão a criação de um Banco Mundial de dados genético de animais, flora e fauna, leis mais rígidas para punir os responsáveis por queimadas e desmatamentos e investimentos em tecnologia.

Crime ambiental – INTERPOL
Data: 23/09 – 12:06
Tópico: Conexão de Notícias

Ao todo, 90 policiais da interpol de 25 países estão em Manaus na busca de intercâmbio e soluções para os crimes ambientais no mundo. A Amazônia, por ter a maior biodiversidade do planeta e foco dos crimes ambientais mais comuns, como trafico de animais, desmatamento e exploração ilegal de minério, foi escolhida para ser a primeira sede na América latina do 1º Encontro da INTERPOL sobre Crime Ambiental.

Mesmo com todo esforço do governo brasileiro no combate a esse tipo de crime, o governo reconhece que a própria policia federal não tem condições humanas de vigiar as fronteiras do país, que tem mais de 5.000 quilômetros.

Estabelecer critérios de investigação e identificação dos crimes ambientais foi um dos temas discutidos hoje por instituições não governamentais e de perícia como a da Holanda, representada pelo períto criminal Perry Quak, que disse que o mundo precisa tratar o crime ambiental como um crime comum e adotar os mesmos processos de investigação e perícia.

A Polícia Federal e Interpool acreditam que são necessários investir em tecnologia, criar uma banco de dados para flora, fauna e animais e combater o desmatamento. Só que para isso o Brasil precisa de leis mais severas.

E esse vídeo:

Vejamos agora…

A ONU Já tem a UNPOL, porém ela quer juntar-se primeiramente com a INTERPOL para que expertise seja tomada e que a rede de trabalho seja construída em nome do combate ao terrorismo ambiental. SIM: TERRORISMO AMBIENTAL é qualquer ação que seja julgada como sendo promotora ou aceleradora do “aquecimento global”.

Por enquanto aqui no Brasil o conceito de terrorismo ambiental ainda não foi implementado pelas polícias de plantão, sendo que a visão prevalecente ainda é a de crime ambiental como sendo o comércio, facilitação ou promoção de atividades de extração, consumo ou destruição de patrimônio ou recurso ambiental sem aprovação legal. Ou seja, ainda podemos pensar numa forma de fiscalizar e prender com a nossa polícia e as nossas leis.

Para maiores informações:

A Interpol e o combate aos crimes ambientais

Daí que 2010 já começa com essa pulga… será que vai ser a DILMA a colocar a INTERPOL pra combater terrorismo ambiental? Ou vai ser o Lulla que vai colocar ela com um nome diferente ?

Artigo sobre :

Como a ONU vai ganhar poder.

CANADA FREE PRESS.

Anti-Greens are ‘Criminals’, According to Interpol, Environmental crime is a serious and growing international problem

The UN and Interpol How the UN will gain power

Texto abaixo, clique em LEIA MAIS

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5 de janeiro de 2010 Posted by | Pensamento, Carbono, Meio Ambiente, Copenhaggen, IPCC, MDL, Ambiental, Uncategorized | , , , , , , , , , , , , , , , , , , | 1 Comentário

Vagas para Bruxas

Este texto sai num momento de desabafo, como forma de esclarecimento aos que ainda não perceberam que a época que estamos vivendo terá capítulos especiais em livros de história.

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Vagas para Bruxas

Este texto é para quem já cruzou a linha da terceira margem, onde quer que estejam.

Os recentes eventos ocorridos, envolvendo o vazamento dos emails da Universidade de East Anglia, vêm coroar uma trajetória de muitos anos de modelagem e engenharia Psicológica, Social e Econômica.

A “crise” pela qual fomos pressionados a entrar pela porta da frente na “Economia Verde” teve suas origens não nos derivativos, nem no comportamento “irresponsável” de banqueiros ou investidores. A “crise” teve suas origens no momento em que os Reinos da Europa se viram pressionados a manter a hegemonia sobre as colônias, mesmo sem a presença do Comissário, do Capitão, do Duque ou de algum representante da Coroa naquele espaço físico de terra.

O momento de transição proporcionado pela Revolução Francesa, Pela Revolução Russa, e posteriormente pela Revolução Popular Chinesa nos mostrou um fator importante na manutenção de poder: O controle do Fluxo de Capital.

Mas, o que viria a ser esse controle?

Imagine que, independente da alcunha política, as economias mundiais são os órgãos de um mesmo corpo, e capital é o sangue que o nutre. Enquanto o sangue, digo, o capital, flui em suas diversas maneiras de representação, (seja ouro, escravos ou tanques de guerra), a economia mantém seu funcionamento, seu Status-Quo.

Quando as famílias da Europa decidiram confiar seus espólios das Cruzadas aos que viriam a ser os primeiros banqueiros, para que pudessem bater em retirada das multidões nas portas dos castelos, entenderam que com uma boa dose de “lealdade” – esse era o termo da época – desses banqueiros e de proventos advindos da boa administração desses bens, eles poderiam reinar por mais algum tempo e ainda ficar mais ricos, controlando agora outra parte da riqueza.

Essa parte da riqueza, confiada a banqueiros e herdeiros, foi responsável por alavancar novos mercados em áreas inóspitas do planeta e fomentar a destruição e reconstrução de vários outros mercados e países com o passar dos séculos.

De tal forma o sistema foi sendo aperfeiçoado que a transição foi suave e, geração após geração, aprendemos que o Ouro não era mais um lastro confiável. Aprendemos que bancos eram entidades necessárias para a construção e reconstrução de uma nação.

Quando tivemos o privilégio de ter a família portuguesa no Brasil, junto, vieram os Bancos. ( É Verdade!). Napoleão ainda fazia um banzé na Europa. Ingleses atormentavam Egípcios e Chineses, e os escravos passaram a perder valor para novas comodites.

Num processo longo, meticuloso e praticamente sem erros, durante pouco mais de 150 anos tivemos a oportunidade de presenciar a expansão dos impérios mais bem sucedida em toda a história. Durante esses anos, figuras monárquicas saíram de moda, derramas de impostos foram dando lugar a renegociações, feudos deram lugar a apartamentos.

A conta é simples, quanto mais disperso o capital, mais juros incidem sobre os empréstimos, correto? Por mais baixas e amigas que sejam as taxas de juros, mais pessoas pagando juros amigáveis rendem mais do que uma única pessoa pagando um juro exorbitante.

Agora, caríssimo leitor, com a abertura de capital proporcionada pelo tiro dado ao Arquiduque Ferdinando, tivemos o privilégio de ver o “Capitalismo Selvagem” florescer. Encontramos as maravilhas do óleo de baleia na costa do Rio de Janeiro, que logo saiu de moda devido ao surgimento de um líquido preto, viscoso e fedorento, mas que queimava que era uma beleza.

Aprendemos que a Companhia das Índias agora passaria a comercializar Petróleo! Aprendemos que bancos financiariam a construção de poços, por módicos pagamentos e cláusulas contratuais de lealdade às boas famílias que emprestariam o dinheiro.

Aprendemos que empresas poderiam refinanciar a construção de países inteiros através do acordo de Breton Woods ou do New Deal.

Aprendemos a distanciar de valores tangíveis para valores especulativos em menos de 150 anos. Novos vocabulários foram inseridos e uma nova língua passou a ser falada. Locais de comércio que antes eram docas em portos, agora ocupavam ruas principais em capitais de países com o nome de Bolsa de Valores de Mercados e Futuros.

Aprendemos que offset, asset, comodites, debêntures, ações e tantos outros termos, agora respondiam por um mundo novo, muito, muito distante da realidade do trabalhador sujo de graxa no chão das fábricas ou do soldado ensopado de sangue iraquiano.

As realidades foram retransmitidas aos seus herdeiros, fossem meros servos ou herdeiros das famílias reais ou seus banqueiros. Uns sempre foram encarregados de destruir e reconstruir reinados, outros foram sempre encarregados de gerenciar as riquezas, e outros somente existiram.

A bem da verdade, gerações de banqueiros sempre cuidaram do interesse de seus mantenedores, fossem reis ou o proletário.

Mas, enfim, voltando à crise de hoje, amanhã e depois, temos novamente a oportunidade e o privilégio de ver o surgimento de mais uma época de transição, só que dessa vez a revolução ocorre num nível já tão distante que nem percebemos mais de maneira palpável. A revolução da economia atual se passa no nível digital, virtual, em meio às ondas das especulações e interesses de políticos afoitos pelo poder do que há de vir. Não que os problemas sejam diferentes, pois, continuamos a ter escravos, fome, guerras e banqueiros batendo em retirada com riquezas de outros impérios.

A economia verde vem responder à ânsia de novos assets para um mercado saturado em meio às inconsistências engenhadas há muito tempo pelo mesmo grupo acostumado a destruir e reconstruir países.

Não se engane, o crupiê é o mesmo, o baralho é que é novo.

Com a nova ameaça introduzida no sangue do mundo temos a nítida visão dos coágulos nas extremidades.

Esse coágulo começou a se formar, por exemplo, pelo Ato do Federal Reserve de 1913, em que retirou-se o lastro das maiores economias do mundo de seus equivalentes em ouro.

A nova ameaça é só um alerta superficial, os médicos, por assim dizer, já têm a cura em doses homeopáticas para os membros em putrefação: Créditos de Carbono.

Com a introdução do novo mercado de carbono, cada política não testada em escala mundial poderá ser em nome da salvação do planeta da Superpopulação.

Superpopulação foi um termo que ganhou a atenção de Lord Thomas Malthus. Segundo ele, se não fosse feito alguma coisa para conter o crescimento da população do reino, logo o rei teria de comer a si próprio.

Depois de Malthus, vieram Francis Galton e Charles Darwin e justificaram com a Eugenia o massacre das populações orbitantes aos reinados. Segundo eles, os mais fracos e desajustados sociais deveriam perder o direito à reprodução e mesmo à vida.

Veio então, já contando com patrocínio de banqueiros leais aos seus devidos reis, o surgimento de alguns regimes ditatoriais como Hitler, Mao, Stalin, Mussolini, Pol Pot e outros que tiveram sua fama. Segundo esses regimes, algumas parcelas da população do planeta realmente deveriam morrer para justificar a presença de seres superiores naquele espaço de terra.

Hoje, com a vergonha da Eugenia passada, temos A Nova Onda do Imperador: O Aquecimeto Global.

Com o financiamento dos mesmos bancos de outrora, conseguimos que um grupo de cientistas, (bem mais baratos que muitos ditadores ao redor do mundo), produzissem gráficos, medidas e provas incontestáveis de que o problema era muita gente no mundo. Agora, contamos com economias digitais, mídia controlada e uma boa dose de distanciamento dos livros por parte da população que sorri sem dentes.

Temos uma geração toda de Idiotas Úteis que repetem mantras em nome de uma causa de marketing.

A “crise” abre o precedente para que os textos de seres como John P. Holdren, Paul Ehrlich e demais membros do Clube de Roma introduzam o soro que irá salvar o planeta de perder alguns membros pelo recrudescimento dos coágulos em Dubai ou mesmo nos EUA.

O custo do soro é módico: Simplesmente admita que você não precisa de seu direito à existência. Dê o controle de seu direito de ir, vir e reproduzir e nós te deixaremos viver até quando você puder comprar indulgências, ou créditos de carbono, para desagravar seus pecados ambientais.

Vem de longe essa sede de poder que presenciamos ocorrer na COP-15, no G-20 e demais organismos da mesma alcunha, vem de muito tempo atrás, em que o mais poderoso era quem tinha mais vidas nas mãos… Chego a lembrar de Gilgamesh, mas essa é outra história.

Enfim, amigo leitor, a sede de poder é a mesma, o crupiê é o mesmo, o sistema é o mesmo. Mudamos de baralho, apenas.

Hoje temos religiões mais flexíveis ( !! ), e mesmo as cristãs abraçam a causa do movimento do Green Behavior em nome da salvação do planeta, abraçando fervorosamente os Falsos Profetas e o próprio Anticristo, num novo método de apostasia que desafiaria os mais criativos inquisidores.

Estamos abertos às novas oportunidades de vagas para bruxas, feiticeiras e afins, basta discordar de Al Gore ET AL. Basta que se mencione seu ceticismo quanto à causa da doença ou à cura, ou mesmo mencionar a existência dos Direitos Humanos. Basta não querer pagar sua taxa de carbono à ONU e certamente enviaremos um representante à sua residência.

Que Deus Nos Ajude!

16 de dezembro de 2009 Posted by | Pensamento, Carbono, Meio Ambiente, Copenhaggen, IPCC, MDL, Ambiental, Uncategorized | , , , , , , , , , , , , , , , , | Deixe um comentário

Uma análise sobre o ClimateGate

Citando a frase que um professor e  amigo passou:

Santo Agostinho: “Se você acredita em tudo o que lê, não leia.”

1 – Contexto do fato

Fato: O Climate Research Unit (CRU) da Universidade de East Anglia (Reino Unido) sofreu um vazamento de informação em algum momento da primeira quinzena de Novembro de 2009. Nesse vazamento foram copiados milhares de documentos e e-mails dos pesquisadores envolvidos nas pesquisas sobre a forçante humana, (Antropogênica), do aquecimento global.

2 – Dados disponibilizados

Os dados disponibilizados amplamente pela Internet foram inicialmente hospedados num site chamado Real Climate, e depois se espalharam para outros servidores de download de arquivos. Os dados compreendem as correspondências eletrônicas trocadas entre pelo menos 70 pesquisadores ao longo de 13 anos de pesquisas, e artigos, teses, papers para revistas dentre outros documentos como os códigos de programação dos modelos climáticos utilizados para as simulações e previsões de comportamento do clima.

Dentre estes dados também se encontram formulários de orçamentos e suas finalidades, assinadas pelos respectivos requisitantes.

3 – FOIAs – Freedom os Information Acts

F.O.I.As são documentos que servem à sociedade civil como maneira de aquisição de informação retida intencionalmente (pelo governo ou por universidades e instituições de pesquisa).

No caso desses documentos vazados existia, e ainda existe, extensa demanda por parte de grandes universidades ao redor do mundo interessadas em cruzar as informações e corroborar ou não os fatos e dados disponibilizados pelo IPCC.

Existem muitos desses documentos, dados e papers que já estavam sob tais ordens desde 2006 e que sofreram tentativas, por parte dos próprios pesquisadores da CRU, de serem apagados diretamente dos servidores, o que em si também é ilegal.

Um dos persistentes impetradores das FOIAs é Steve McIntyre.

( http://camirror.wordpress.com/ ).

4 – Os dados disponibilizados são um grande conjunto de e-mails, com linguagem informal/coloquial trocados entre os pesquisadores e outros envolvidos na distribuição e publicação dos dados.

Dentro do “pacote” de dados encontram-se também:

– Num e-mail específico há um Login e uma senha, dando idéia de que a informação foi roubada por alguém de dentro da própria CRU e postada para download posteriormente.

(http://www.eastangliaemails.com/emails.php?eid=741&filename=1157546057.txt )

– Códigos fonte de modelos climáticos utilizados;

– Documentos internos de orçamentação e requisição de verbas;

– Documentos voltados à publicidade de grupos como o Greenpeace;

– Papers e artigos publicados desde 1995 pelos próprios pesquisadores;

– Orientações de hierarquias superiores sobre formatação e submissão de dados para revistas;

– Comentários e arquivos sobre como utilizar os modelos climáticos e seus “problemas” com os resultados alcançados;

– Imagens e caricaturas internas salvas em imagens com os rostos de outros céticos ao redor do mundo;

Enfim, grande quantidade de material sensível ao escrutínio público que abala sobremaneira a credibilidade desse pequeno grupo com grande poder em mãos.

Fica evidente em muitos aspectos a falta de habilidade dos próprios pesquisadores com a gestão do modelo climático, mesmo porque dentro do código fonte dos modelos utilizados existem comentários demonstrando a perda de dados e a supressão de etapas de cálculos.

Em muitos momentos a confusão com o código chega a ser risível, forçando os pesquisadores a simplesmente somar valores de séries aos resultados para aproximar os valores resultantes de valores previamente existentes, numa matemática infelizmente irresponsável de querer aproximar a saída dos dados de acordo com o que se espera como resultado.

Para ver a análise completa do código fonte, aconselho os links abaixo.

( http://www.devilskitchen.me.uk/2009/11/data-horribilis-harryreadmetxt-file.html )

( http://di2.nu/foia/HARRY_READ_ME-30.html )

5 – Dentro do “pacote” de documentos, existem muitas informações relevantes, por exemplo, ao estudo da forçante de vulcões e conseqüências de seus gases na atmosfera, gerando conclusões de que sempre existe um resfriamente após um intenso período de atividades vulcânicas, verificado pelo estudo do crescimento de árvores e plantas.

(http://www.powerlineblog.com/archives/2009/11/024995.php )

6 – Existem consequências principalmente no que tange a credibilidade desses dados publicados nos relatórios do IPCC. Tais dados do CRU foram utilizados desde os primeiros relatórios para formulação de políticas públicas de combate ao “aquecimento global”. Dessa forma, podemos esperar que algo seja pronunciado ao público e massa de pesquisadores caso haja ainda preocupação com a lisura do processo de apuração dos dados, já que, de qualquer forma, os dados requisitados inúmeras vezes através dos FOIAs estão disponíveis.

Visão geral:

Da mera disposição de fatos e eventos, passamos então a uma análise mais voltada ao pulso da realidade.

A primeira pergunta que me vem à mente é:

– Quem se beneficia mais com o vazamento desses dados?

Se caso for um ataque coordenado de hackers pagos pelo governo do regime X, interessado em desbancar as políticas de aquecimento global impostas pelos “facistas, imperialistas e socialistas” da ONU, a lista tem um pequeno número de suspeitos…

Se caso for um vazamento causado pela mera estupidez de se colocar um Login e uma senha interna da universidade num corpo de email, vejo que o “hacker” nem teve tanto trabalho… Talvez a motivação tenha sido mais pessoal do que o imaginário do hacker tenha concebido. Talvez um aluno ou orientando do grupo de pesquisas tenha tido acesso ao email, ou talvez um técnico de informática da sala de servidores tenha feito o trabalho por mero sadismo.

Se caso for um Wistleblower, alguém que esperou o momento certo para fazer a denúncia e fazer a “Verda bater no Mertilador”, acredito que a motivação venha corroborar o lado dos céticos que há tantos anos esperavam esses dados para cruzar com suas próprias metodologias de cálculo.

De fato,  “existem digitais por toda a parte”… O que dificulta ainda mais a análise clara de “quem , quando, quanto, onde e porquê” desse fato.

O quê não podemos perder de vista aqui é a visão mais ampla:

– Caso a forçante humana não seja a maior responsável pelo aquecimento global, o quê acontece com a ideologia “Poluo, logo existo!”?

Um fator importante para a análise mais ampla:

O Aquecimento Global em Marte.

(http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL18305-5603,00-MARTE+TAMBEM+VIVE+AQUECIMENTO+GLOBAL.html )

“Com base nas mudanças na luz refletida pela superfície do planeta — uma medida conhecida como o albedo de um objeto –, os cientistas concluíram que o planeta esquentou cerca de 0,65ºC entre os anos 70 e os anos 90, o que pode explicar o recente recuo na calota de gelo do pólo sul de Marte.”.

Porquê o aquecimento global em marte é importante?

Por dois motivos:

O primeiro: Se conseguimos verificar mudanças climáticas em um Planeta no qual não há consumo, não há petróleo, não há seres-humanos, deveríamos ser capazes de medir algo parecido aqui no Planeta Terra.

O segundo: Se tomarmos como verdade o fato de que temos a habilidade de calcular com precisão decimal o aumento de temperatura num planeta distante, como podemos, então, ter de passar pela infeliz trajetória dos dados da CRU? E o pior, como podemos acreditar que em Marte existe “aquecimento global”, mas aqui na Terra não existe?

Outro fator importante:

O aquecimento global em Júpiter:

http://apod.nasa.gov/apod/ap080523.html

Mais uma vez… Júpiter é um planeta basicamente gasoso, no entanto sofre as conseqüências de suas próprias mudanças climáticas. Alguém vai tentar discordar da existência de Júpiter?

A conclusão que fica é simples:

Não há possibilidade de consenso enquanto o mercado controlar o interesse da ciência.

O IPCC tem sua credibilidade manchada por inconseqüência(?) de menos de uma centena de pesquisadores;

As políticas gestadas pelo IPCC perdem credibilidade por tabela;

Tudo em nome de dados ruins num cronograma apertado.

Fica patente a necessidade de um purgamento científico, que infelizmente não virá em nome da boa ciência, virá com amargura e revolta de outros grupos com interesses menos escusos do que o de “consertar” os dados apresentados pelas entidades tidas como plausíveis de credibilidade.

Fico triste, por ser engenheiro ambiental, com as conseqüências desse evento, que servirá apenas para alavancar mais e mais as posturas dos intransigentes e negadores das Mudanças Climáticas e enfraquecer ainda mais os dados futuramente apresentados por mais genuínos que sejam.

Fico indignado porque os créditos de carbono tem se tornado uma ferramenta afiada no cerceamento das capacidades produtivas e reprodutivas da humanidade em nome de se tornarem instrumentos de governança política e mercadológica global.

Tais créditos de carbono, assemelhando-se aos derivativos já tão explorados por especulação, tornam-se formas de concentração de capital e potencial produtivo nas mãos de Bancos, tirando dos países a responsabilidade de conter a degradação ambiental em nome da sua população e de seu futuro, e legando a um conjunto de toneladas de CO2 equivalentes ditar se podemos ter filhos ou crescer como países.

Os créditos de carbono se tornaram a ferramenta ideal para a resposta da crise de mercado, (que ainda tem muito a piorar assim que o Ouro cruzar a barreira dos 1500 dólares por onça) , por relacionar todas as formas de dominância corporativas num preço facilmente convertível em SDRs (Special Drawing Rights).

Portanto, se existe a forçante antropogênica das mudaças climáticas, ela veio em nome de mercado primeiramente, e depois a “ciência” – ou pseudo ciência – ou ciência do Consenso –   se encarrega de gerar os dados que dêem base para a argumentação. Enquanto isso especula-se financeiramente com os números apresentados no meio do caminho.

O futuro?

De agora em diante, é “truco em mão de 11”.

Pouco importa se São Paulo colocou metas de redução de N%, ou se o Japão colocou (N-1)% para os cortes de suas emissões.

Caso os países signatários resolvam pedir análises massivas dos dados apresentados como fonte de fortalecimento e auxílio às tomadas de decisões de políticas públicas, qual será a reação das instituições que geraram esses dados? Torres de Marfim ou resignados servos implorando por perdão? Enfim, quem vai convencer os países signatários desse acordo a destinar parte de seu PIB para combater “O Aquecimento Global”?

E o pior, caso os signatários resolvam repartir o bolo e decidir quem gera os dados em seus países… Qual a credibilidade e transparência necessárias para colocar em ação um plano desses? Quem vai pagar as taxas? Quem vai se dar ao trabalho de reler e cruzar os dados novamente?

Uma coisa é certa, existem muitas informações que ainda virão à tona até à COP-15 e que ditarão o futuro do mercado mundial de carbono. Resta saber até lá quem acredita no que mais lhe interessa e quem acredita no que lhes é apresentado, numa forma de escolha dentre as opções menos piores.

Agradeço com muita humildade, e sabendo o meu lugar, os conselhos do professor Horta.

24 de novembro de 2009 Posted by | Uncategorized | , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , | 1 Comentário

Copenhagen é a cereja!

Olá, leitores!

Como o clima anda meio agitado com relação à COP-15, dei uma lida na pré-redação do acordo que será assinado na COP-15.

Aconselho a leitura do Blog do Wall Street Journal:

Has Anyone Read the Copenhagen Agreement?

U.N. plans for a new ‘government’ are scary.

 

We can only hope that world leaders will do nothing more than enjoy a pleasant bicycle ride around the charming streets of Copenhagen come December. For if they actually manage to wring out an agreement based on the current draft text of the Copenhagen climate-change treaty, the world is in for some nasty surprises. Draft text, you say? If you haven’t heard about it, that’s because none of our otherwise talkative political leaders have bothered to tell us what the drafters have already cobbled together for leaders to consider. And neither have the media.

Enter Lord Christopher Monckton. The former adviser to Margaret Thatcher gave an address at Bethel University in St. Paul, Minnesota, earlier this month that made quite a splash. For the first time, the public heard about the 181 pages, dated Sept. 15, that comprise the United Nations Framework Convention on Climate Change—a rough draft of what could be signed come December.

So far there have been more than a million hits on the YouTube post of his address. It deserves millions more because Lord Monckton warns that the aim of the Copenhagen draft treaty is to set up a transnational “government” on a scale the world has never before seen.

The “scheme for the new institutional arrangement under the Convention” that starts on page 18 contains the provision for a “government.” The aim is to give a new as yet unnamed U.N. body the power to directly intervene in the financial, economic, tax and environmental affairs of all the nations that sign the Copenhagen treaty.

The reason for the power grab is clear enough: Clause after complicated clause of the draft treaty requires developed countries to pay an “adaptation debt” to developing countries to supposedly support climate change mitigation. Clause 33 on page 39 says that “by 2020 the scale of financial flows to support adaptation in developing countries must be [at least $67 billion] or [in the range of $70 billion to $140 billion per year].”

And how will developed countries be slugged to provide for this financial flow to the developing world? The draft text sets out various alternatives, including option seven on page 135, which provides for “a [global] levy of 2 per cent on international financial market [monetary] transactions to Annex I Parties.” Annex 1 countries are industrialized countries, which include among others the U.S., Australia, Britain and Canada.

To be sure, countries that sign international treaties always cede powers to a U.N. body responsible for implementing treaty obligations. But the difference is that this treaty appears to have been subject to unusual attempts to conceal its convoluted contents. And apart from the difficulty of trying to decipher the U.N. verbiage, there are plenty of draft clauses described as “alternatives” and “options” that should raise the ire of free and democratic countries concerned about preserving their sovereignty.

Lord Monckton himself only became aware of the extraordinary powers to be vested in this new world government when a friend found an obscure U.N. Web site and searched through several layers of hyperlinks before discovering a document that isn’t even called the draft “treaty.” Instead, it’s labelled a “Note by the Secretariat.”

Interviewed by broadcaster Alan Jones on Sydney radio Monday, Lord Monckton said “this is the first time I’ve ever seen any transnational treaty referring to a new body to be set up under that treaty as a ‘government.’ But it’s the powers that are going to be given to this entirely unelected government that are so frightening.” He added: “The sheer ambition of this new world government is enormous right from the start—that’s even before it starts accreting powers to itself in the way that these entities inevitably always do.”

Critics have admonished Lord Monckton for his colorful language. He has certainly been vigorous. In his exposé of the draft Copenhagen treaty in St. Paul, he warned Americans that “in the next few weeks, unless you stop it, your president will sign your freedom, your democracy and your prosperity away forever.” Yet his critics fail to deal with the substance of what he says.

Ask yourself this question: Given that our political leaders spend hundreds of hours talking about climate change and the need for a global consensus in Copenhagen, why have none of them talked openly about the details of this draft climate-change treaty? After all, the final treaty will bind signatories for years to come. What exactly are they hiding? Thanks to Lord Monckton we now know something of their plans.

Janos Pasztor, director of the Secretary-General’s Climate Change Support Team, told reporters in New York Monday that with the U.S. Congress yet to pass a climate-change bill, a global climate-change treaty is now an unlikely outcome in Copenhagen. Let’s hope he is right. And thank you, America.

Ms. Albrechtsen is a columnist for the Australian.

 

Link para o Download do Rascunho do Acordo: AQUI

 

Vídeo Aula de Lord Monckton:

4 de novembro de 2009 Posted by | Pensamento, Carbono, Meio Ambiente, Copenhaggen, IPCC, MDL, Ambiental, Uncategorized | , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , | Deixe um comentário

O mundo se volta para o Ouro.

Olá caríssimos!

Temos acompanhado um processo que certamente será lembrado pelas futuras gerações como a queda do império americano, e o surgimento de uma nova ordem mundial.

A implosão da máquina econômica americana começou pouco depois do abandono do ouro como forma de lastro para a moeda, e veio tomando mais e mais inércia conforme foram surgindo os vários mecanismos de criação de dinheiro à partir de praticamente nenhuma produção ou lastro.

A acentuação do processo de degradação foi mais contrastada pela decisão da União Européia de que teria o Euro como moeda comum e fazendo de seus países membros os maiores rivais americanos da produção e detenção  de riquezas.

Não bastassem as inúmeras bolhas de mercado que vieram como prenúncio da fragilidade perante a especulação financeira, o american way of business teve sua última cartada com a bolha do mercado imobiliário, trazendo grandes perdas ao redor do mundo.

Infelizmente, ao invés de pensar em capacidade produtiva e solidez econômica, a equipe de Barry Soetoro, a.k.a. Barack Hussein Obama, teve como premissa o aumento do fluxo e redirecionamento do capital, optando por uma política duvidosa de saneamento econômico que apenas privilegiou ainda mais a capacidade especulatória dos guerreiros de Wall St.

Com o influxo de mais de 20 TRILHÕES de dólares de dinheiro do contribuinte americano para dentro da sala de negociações de Wall St. , o mercado passa por momentos de indignação e temor ao ver que esse dinheiro foi usado para pagar as comissões de diretores e gerentes de bancos e para comprar outros bancos menores com finanças saudáveis. Dessa forma, a demonstração de crescimento em função do tempo fica mais fácil de se comprovar e não perder cabeças para o governo, a exemplo da GM.

Passados meses desde Madoff, observamos que o mundo se volta para o OURO.

Mas porque será, caríssimo leitor?

A verdade está nas entrelinhas.

A captação de mais de 3 mil toneladas métricas de ouro pela China demonstra basicamente três elementos:

– Primeiro: Busca de segurança perante volatilidade futura;

– Segundo: Abandono de riscos desnecessários ou que perderam atratividade;

– Terceiro: Fortalecimento da capacidade de negociação;

Claramente é uma estratégia de defesa, definitivamente uma defesa ofensiva contra a fragilidade dos títulos de tesouro americanos.

A demonstração de afastamento das economias do BRIC em relação ao Dólar vem desde a abertura de oferta de SDRs (Special Drawing Rights) pelo FMI e o gritante interesse dos países do mundo em comprar moeda para negociação.

Nesse momento, nessa semana, podemos estar passando pelo evento crucial de demarcação de uma nova forma de se fazer negócios, bastando que o FMI acrescente à formula de ponderação das SDRs o Ouro e o Carbono.

(Amanhã prometo um post especial sobre o papel do carbono no “novo” mercado que se esboça)

A mensagem que fica clara é a de que o mundo não quer mais PETRO-dólares, quer apenas o petróleo e a capacidade de decidir como e com quem irá negociar seu contrato futuro, na moeda que melhor entender ou acordar.

Abaixo, um gráfico de comportamento do Rating dos Títulos da reserva americana, as colunas em cinza são períodos de recessão.

FRED Graph

FRED Graph

Agora, um gráfico com o comportamento do ouro nos últimos 10 anos:

Gráfico do ouro nos últimos 10 anos

Gráfico do ouro nos últimos 10 anos

Gráfico do ouro no último ano:

Gráfico do ouro no último ano

Gráfico do ouro no último ano

Gráfico do ouro nos últimos 30 dias:

Gráfico do ouro nos últimos 30 dias

Gráfico do ouro nos últimos 30 dias

Gráfico do ouro dos últimos 3 dias:

Brasil, China, Índia, Russia e UE em geral estão em sintonia quanto à necessidade de redefinição de poderes de compra e venda para o mercado, já que o dólar vai se tornar cada vez mais desnecessário e gradualmente irá perder seu lugar de grande vantagem perante as demais moedas do mundo como moeda de reserva.

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Abaixo, oslinks com as análises da  Asia Times:

Currency fiddlers wrong to cry foul
By Peter Morici

As the US dollar falls against the euro, yen and other major currencies, China and other emerging economic powers holding lots of dollars and US securities are crying foul, and for an end to the dollar’s central status in global commerce.

If they are truly disgusted, they should look to themselves for answers.

Since the end of World War II, the dollar has largely replaced gold as the reserve asset central banks hold to back up national currencies. The supply of mineable gold is too limited, and efforts to back up currency with gold would result in severe shortages of liquidity and global deflation.

BBC – Page last updated at 07:23 GMT, Thursday, 8 October 2009 08:23 UK

Why the price of gold is rising

WHY HAVE GOLD PRICES REACHED SUCH HIGHS?

There are several factors at play which are leading to demand for gold rising, pushing up the price:

Weakness of the dollar: The greenback is commonly seen as the World’s reserve currency. Low interest rates and the US government’s massive economic support package have weakened the dollar.

Those who would typically have invested in that currency are looking for other places to put their money where it will, they hope, gain value.

Speculation: A lot of the investment into gold is coming from institutions such as hedge funds – whose money needs to go somewhere.

When banks are offering very low rates of interest on savings – and money can be borrowed extremely cheaply – gold becomes attractive, observers say.

Inflation risk: Gold is seen as a hedge against inflation. Right now, inflation is pretty low, but mounting worries about potential inflation in 2010 may be enticing more investors to the precious metal.

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Vídeos a respeito do assunto

Rússia Today.

Gerald Celente

.

Robert Fisk

.

Max Keiser

8 de outubro de 2009 Posted by | Uncategorized | , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , | 1 Comentário

(UPDATE 2) – Fim do Dólar

“Dollar demise”: Inexorable but not sudden

03:57 October 6th, 2009

– Neal Kimberley is an FX market analyst for Reuters. The opinions expressed are his own –

LONDON (Reuters) – An article in Britain’s Independent newspaper on Tuesday rightly attracted a lot of market attention with its provocative heading “The demise of the dollar.” While subsequent and almost co-ordinated denials from numerous capitals have taken the steam out of the story, the dollar’s role is again under scrutiny.

While the geopolitical realities of the Middle East would arguably rule out the re-pricing of oil in non-dollar currencies at this time, that may change in the future.

Alarmist conclusions that the dollar is on a swift road to ruin are wide of the mark. The road will be long and at its end the dollar will not be ruined, but it will be less important.

The dollar remains, however, on the back foot as the story resonated with a market that was already looking for an excuse to unload the greenback. Sovereign reserve managers, working for future generations, will have taken note. These stories add to the uncertainty of holding vast sums of dollars in trust.

It has long been the fate of reserve currencies to depreciate and be displaced. Global reserve currency status has always encouraged the beneficiary nation or empire to live beyond its means, safe in the knowledge that the rest of the world must hold its currency to pay for goods and commodities. The Roman dinar, the Spanish reale and most recently the British pound are all examples of currencies that have gradually lost their reserve status in this manner.

The key point is that the process is gradual. Displacement occurs in baby steps, small incremental developments which eventually create an unstoppable momentum. When the European Community first posited the idea of the single currency, the markets (particularly in London) sneered. Yet the euro was born and has prospered.

The dollar is entering a process of critical examination. This will take years, probably decades. Sterling retained significant world reserve status throughout the first half of the 20th century, despite clear signs economic primacy had shifted to the United States and despite the crushing financial weight of participation in two world wars.

One newspaper article is not a game-changer, but it is a reminder that the dollar’s position is under the microscope.

The market remembers only too well the suggestions of China’s Central Bank Governor Zhou Xiaochuan in March 2009. He said then that the world should consider adopting the Special Drawing Right, a basket of dollars, euros, sterling and yen, as a super-sovereign reserve currency.

The Chinese suggestion was a baby step toward change but the U.S. reaction was telling. Treasury Secretary Timothy Geithner said he had not read the proposal but added, “As I understand it, it’s a proposal designed to increase the use of the IMF’s Special Drawing Rights. I am actually quite open to that suggestion.” A masterful piece of political deflection but the market recognized the Chinese intent.

Even more recently, in September, the United Nations Conference on Trade and Development issued a report calling for a new global reserve currency.

It’s like the dripping of a tap. Across the world, institutions, governments and the media are wearing away at the dollar’s dominance. Central banks managing billions of dollars of reserves are not immune to these incremental developments.

In the past, Japanese officials characterized the best moment for intervention to be when they could “go with the wind.” In the current debate, reserve managers will consider that a light breeze is blowing against the dollar. They will make a measured and appropriate response. Marginal adjustments in reserves would increase the non-dollar component.

The Independent story may have been denied but it chimed with the market. It wasn’t the first such story and it won’t be the last. With the United States perceived to be living beyond its means and facing the challenges of rapidly rising economic and political rivals, the debate will continue. But it will be a long, long debate, and the effects on the value of the dollar will be incremental, not precipitate. To paraphrase Mark Twain, rumors of the dollar’s sudden death have been greatly exaggerated.

(Editing by Nigel Stephenson)

6 de outubro de 2009 Posted by | Pensamento, Carbono, Meio Ambiente, Copenhaggen, IPCC, MDL, Ambiental, Uncategorized | , , , , , , , , , , , , , , , , | Deixe um comentário

Alavancagem nos olhos dos outros é refresco.

Ao que parece ser uma medida de contemplação por bom comportamento dos países emergentes durante a crise, o FMI decidiu que quer elevar as cotas de participação e demais poderes dos países emergentes.

FMI defende reforma para elevar poder de emergentes no fundo

06/10 – 08:33 – BBC Brasil

O diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, defendeu nesta terça-feira a proposta de elevar o poder dos países emergentes no fundo, ao declarar, na abertura da Assembleia Geral do organismo, em Istambul, na Turquia, que o mundo se encontra “em um momento de definição” para moldar a economia pós-crise. Falando a delegados de 186 países, Strauss-Kahn reforçou a proposta de transferir pelo menos 5% do percentual de cotas da instituição dos países mais representados para as nações menos representadas até janeiro de 2011.

“Isto reforça nossa legitimidade e representa uma garantia para nossa eficácia no futuro”, afirmou.

O “rebalanceamento” da economia global é, na visão do diretor-geral do FMI, um dos pontos-chave para concluir com sucesso uma estratégia de saída para a atual crise econômica e evitar outra no futuro.

Entre outras medidas, ele citou uma revisão proposta pelo G20 do mecanismo de avaliação das políticas do organismo, a criação de facilidades para melhorar o acesso de países emergentes a créditos da instituição, e a ampliação do mandato do FMI para incluir um leque mais amplo de políticas que afetam a estabilidade global.

“Estamos em um momento de definição. A história nos ensina que, quando nações do mundo se unem para enfrentar desafios comuns em um espírito de solidariedade, podemos atingir um ciclo virtuoso de paz e prosperidade, e evitar o ciclo vicioso de conflito e estagnação”, argumentou Strauss-Kahn.

“Mas, enquanto falamos do futuro, a implementação de reformas passadas caminha a passos lentos – apenas 36 de necessários 111 países aprovaram legislações relacionadas à reforma de cotas e vozes de 2008. Peço aos países que avancem o mais rápido possível”, afirmou.

O diretor-geral do FMI notou que a economia mundial “parece ter saído da beira do precipício” e “posto um pé na estrada da recuperação”, mas ressaltou que “a crise não passou” e que a economia global “continua em uma posição precária”.

“Nossas últimas projeções sugerem que a atividade econômica global vai expandir cerca de 3% em 2010, após contrair 1% em 2009. O contraste com (as estimativas de) um ano atrás é absoluto”, disse.

Entretanto, ressalvou, “o desemprego em alta deve criar uma sombra duradoura”, continuando a se elevar em muitos países ao longo de 2010. “Os perigos são sobretudo para os países de renda mais baixa, onde 90 milhões de pessoas já foram empurradas para abaixo da linha da pobreza extrema.”

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É interessante notar que nesse mesmo curto período de história recente da semana econômica mundial, Robert Zoellick anunciou que o Banco Mundial pode ficar sem fundos! Interessante, não?!

Daily Telegraph

World Bank could ‘run out of money’ within 12 months

The World Bank is close to ‘running out of money’, its president, Robert Zoellick, has disclosed.

By Edmund Conway, Economics Editor in Istanbul
Published: 8:36PM BST 02 Oct 2009

The Bank, whose job it is to support low-income countries, has had to hand out so much cash in the wake of the financial crisis that it faces a shortfall in what it can spare for new projects within 12 months.

“By the middle of next year we will face serious constraints,” said its president Robert Zoellick, as he launched a major campaign to persuade rich nations to pour more money into the Washington-based institution.

He conceded that such a task was likely to be extremely difficult, given the difficulties facing countries in the wake of the developed world’s biggest recession since the Second World War.

Although the Bank has enough cash to fund existing projects and its day-to-day operations, the demands thrown up by the global recession have meant it may need extra capital contributions from rich nations to bolster its balance sheet if it is to satisfy such needs.

Mr Zoellick, speaking at the opening of the IMF and World Bank annual meetings in Istanbul, said the Bank needed a capital increase of $3bn-$5bn, though others suspect the eventual need could be higher still.

He said he hoped that its shareholders, including the UK and other leading nations, would decide on resources before its spring meeting next April.

The money would be shared between the International Bank for Reconstruction and Development – the key part of the bank, which lends to poor nations – and the International Financial Corporation (IFC), which lends to companies.

Mr Zoellick said: “We recognise that all countries are under budgetary strain and it is not an easy time to be asking for these things”. He said that a shortfall of cash for the IFC was a cause for particular concern, Mr Zoellick added, “because one of the issues in this recovery is the hand-off from government stimulus programs to private-sector development.”

Critically, the Bank’s three-year $100bn programme, committed to last year because of the virulence of the financial and economic crisis, is expected to fall short of the eventual demand from struggling economies. The majority of the money has been spent ensuring the survival of the most vulnerable nations.

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A medida de extrema bondade, altruísmo e sabedoria do IMF para com os países emergentes faz soar um alerta indireto, pois numa geopolítica fragilizada por tensões internas em países da Europa e principalmente nos EUA, a atitude fortalece a coesão do grupo em garantir um mercado futuro de essencial interesse aos G-20, G-77 et al. que possuem bad assets a serem resolvidos nos próximos períodos fiscais.

Fica muito claro, portanto, após o cruzamento com a informação do Banco Mundial, de que a inflação pode se converter em deflação baseada em Débito puro e incapacidade de solvência de bancos que usaram dinheiro de contribuintes e de outros mecanismos como o Banco Mundial para garantir suas finanças básicas e garantias de depósitos de seus segurados.

Infelizmente, a partir do momento que o poço ficar lamacento, ou seja, a partir do momento que a curva virar do ponto em que a capacidade de produção de papel moeda ultrapassar a capacidade de crescimento e acúmulo de bens e riquezas para um país qualquer, seja emergente ou não, será indiferente àquele país se ele pode ou não garantir o dinheiro do contribuinte/segurado, ficando apenas com débito e juros em mãos… muito parecido com a situação em que a Mariazinha usa o cartão de crédito e acaba no CERASA, só que dessa vez a Mariazinha vai querer vender o Cartão de Crédito pro primo idiota dela, ops, primo emergente dela.

Brasil, China e Índia fortalecem as posições como países donos de algumas partes de seus apêndices corpóreos, como por exemplo, uma perna e meia narina. Mas pensar que a atitude do Banco Mundial e do IMF não são sincronizadas para o fortalecimento e capitalização através da “oportunidade histórica” apresentada pelos respectivos garotos propaganda de cartão de crédito, é ingenuidade.

Lembram-se do termo Leverage?

Refresco a memória do leitor incauto: (Fonte : Econogloss Babylon)

Geralmente associado ao conceito de alavancagem financeira (financial leverage) e alavancagem operacional (operational leverage). Alavancagem financeira é o efeito da utilização de fundos, pelos quais a empresa para um retorno fixo (capital de terceiros: títulos de empréstimo e alguns tipos de acções preferenciais), sobre a sensibilidade do lucro por acção ordinária – LPA (lucro dos proprietários) em relação ao lucro antes do pagamento de juros e do imposto de renda – LAJI. O nível LAJI em que é indiferente qualquer combinação de capital de terceiros e de capital próprio é aquele que representa uma taxa de retorno sobre o investimento – ROI igual à taxa de juros paga pelo capital de terceiros. Acima desse ponto, a alavancagem é favorável. Abaixo desse ponto, a alavancagem é desfavorável. O grau de alavancagem financeira traduz a sensibilidade do LPA em relação ao LAJI. Quanto maior a proporção de capitais de terceiros em relação ao capital próprio, mais elevado o grau de alavancagem financeira. Alavancagem operacional é o efeito da utilização de activos pelos quais a empresa paga um custo fixo sobre a sensibilidade do lucro líquido em relação às variações da produção. O resultado da combinação dos dois efeitos obtêm-se pela multiplicação do grau de alavancagem operacional pelo grau de alavancagem financeira. Uma empresa que opere próxima ao ponto de ruptura apresenta grande alavancagem operacional e grande instabilidade de lucros, uma vez que pequenas variações na produção provocam intensas alterações nos lucros.

Leverage serve bem para explicar o que se passa.

E adivinha qual vai ser o papel do Mercado de Carbono? Gira gira gira carbono…

6 de outubro de 2009 Posted by | Pensamento, Carbono, Meio Ambiente, Copenhaggen, IPCC, MDL, Ambiental, Uncategorized | , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , | Deixe um comentário

China avisa: Tratado de Kyoto em risco

Reuters Logo

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Rich nations trying to kill Kyoto pact, says China

Mon Oct 5, 2009 9:53am EDT

BANGKOK (Reuters) – China and a top G77 official accused rich nations on Monday of trying to kill off the Kyoto Protocol, the U.N.’s main weapon in the fight against global warming, as nations try to craft a broader climate pact.

Delegates from about 180 nations are meeting in the Thai capital trying to bridge differences over a draft negotiating text that will allow all countries to deepen efforts to slow the pace of climate change.

The United Nations hopes a major climate meeting in Copenhagen in December will lead to a broader framework to expand or replace Kyoto, whose first phase ends in 2012.

The talks are deadlocked on rich nations toughening their commitments to cut emissions by 2020 and climate funds to help poorer nations adapt to the impacts of climate change, invest in clean energy and how to manage those funds.

“It has become self-evident and actually clear that the intention of the developed countries is to kill off the Kyoto Protocol,” Lumumba D’Aping, who chairs the G77 plus China negotiating group, told reporters.

China’s special envoy for climate change, Yu Qingtai, accused rich nations of trying to change the rules of the game at the last minute.

“I have yet to see a developed country or a group of developed countries coming up to say to the public, the international community and to their own people that they are not here to kill the Kyoto Protocol,” Yu told reporters.

Talks in Bangkok have focused on the legal “architecture” of a new climate pact from 2013. Australia, the EU and the United States would like to see pledges by big developing nations to curb emissions become legally binding in some way in a new pact.

That would help level the playing field in terms of global actions to fight climate change, they say, and make it easier to assess what every one was willing to do.

The result could be a streamlined treaty for post-2012 that comprises the best pieces of Kyoto, or an amended Kyoto Protocol and another treaty.

HARD TARGETS

Kyoto currently binds 37 industrialized nations, except the United States, to greenhouse gas emissions targets during 2008-12 but developing nations are not obliged to meet hard, economy-wide targets and won’t agree to such targets in any new agreement.

Instead, they fear a move by some rich nations to push for a post-2012 pact that allows more flexible emissions reduction steps based on national circumstances could lead to wealthy states wriggling out of meeting tough, binding emissions cuts.

“It’s just like the final five minutes into a game and one side of the game putting forward a new set of rules, a new format, a new mandate and expect the other side to agree and make that as the precondition for making progress. That is not a fair way of conducting negotiations,” Yu said.

Sweden’s chief negotiator, Anders Turesson, said Europe was faithful to the Kyoto system. Sweden holds the present rotating EU presidency.

“We are going to ensure the Kyoto system can be revived and strengthened into the future,” he told reporters. “It is a holistic system with commitments, with instruments, with compliance systems. We cannot pick and choose.”

Greens pointed to an erosion of trust.

“The frustration of developing nations is all too clear — they are tired of all the talk and with little concrete actions to back them up,” Kim Carstensen, who heads conservation group WWF’s global climate initiative, told Reuters.

(Editing by Sugita Katyal)

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Meus comentários sobre a notícia

É evidente que os países ricos estão querendo mudar as regras do jogo. Como eu já disse em algum post passado, a abordagem que é feita pelos mesmos administradores da Goldman Sachs, JP Morgan et al. tem sido a abordagem mercadológica, onde quem tem mais assets tem mais poder de especular.

China, India e Brasil tem o comum interesse em manter o tratado de Kyoto em bom estado de saúde para que os nossos projetos de mitigação e comercialização de emissões seja levado ao fim prático na COP15 em que nossa postura como ” O bloco de resgate ” se torne viável.

Uma frase me vem à cabeça nesses momentos: “Divide and conquer”, ou seja, “Divida para conquistar”.

Com o alto valor especulativo que os 30 maiores bancos da Eurozone e da America do Norte possuem, fica mais fácil dividir o mercado em pedaços cada vez mais frágeis e suscetíveis às tentações de grandes lucros em curto prazo.

Vejo delineando mais claramente a divisão entre países de capital selvagem e países de capital com algum nível de intervenção estatal, mais notadamente entre o BRIC e os G-20.

Aparentemente, o mercado de Carbono continuará em níveis de volatilidade  altos, forçando as economias mais quebradas a capitalizar de maneiras pouco ortodoxas, talvez criando um mercado onde G-20 tenha um tipo de conjunto de regras e outros países, leia-se BRIC e simpatizantes, tenham outro conjunto de regras.

Acredito que não haja um vencedor evidente no momento pois o BRIC ainda não tem um tratado formal de corte de emissões.

A briga entre os sem camisa e os com camisa vai sendo resolvida à revelia da COP15, mostrando sinais de selvageria muito grande pela frente.

Em outubro, teremos um balanço de pagamentos de impostos nos EUA em que já se anuncia como sendo a última pá de terra retirada da cova dos EUA. Uma notícia interessante que também saiu hoje é a de que a Goldman Sachs parou de investir em lobby e retirou seus homens da casa. Acredito que não seja bom sinal para ninguém, mesmo porque manter lobistas de fachada é pior do que manter lobistas que conseguem algo de produtivo, o que faz a decisão soar como uma batida em retirada.

Atualizando os números do império em queda, temos:

– Ouro acima dos 1020 dólares até o fim do mês.

– Desemprego acima dos 8%, isso se eles não mudarem de novo a forma como se calcula a taxa

– Quebra de pequenas e médias empresas em vasta escala até o início de 2010

– Morte de Kyoto e surgimento de dois mercados de carbono: Um mais “ortodoxo” e menos desesperado, e outro selvagem, do jeito que os Yankes gostam.

– Queda da popularidade de Obama abaixo dos 40%, (se ele não armar outro 9/11)

– Fim de limite de seguro de depósitos, prenunciando os primeiros sinais de inflação mascarada durante esse ano.

– Início de uma “compra” de ouro por parte do governo Obama e demais afetados pela orgia de impressão de papel moeda.

Na dúvida, amigo, compre nacional… faça seu MDL made in Brazil, invista na possibilidade de um mercado formal dentre os BRIC e não-BRIC  torça pra o IPCC conseguir manter o controle da situação. Caso contrário, a ONU é a próxima vítima da crise de crédito e confiança no mercado.

Abração a todos!

5 de outubro de 2009 Posted by | Pensamento, Carbono, Meio Ambiente, Copenhaggen, IPCC, MDL, Ambiental, Uncategorized | , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , | Deixe um comentário